Ex-presidente Jair Bolsonaro reafirmou a legitimidade das doações via Pix recebidas por ele, afirmando: “O Pix começou em junho. Não há lavagem de dinheiro. Tudo está correto. Cerca de um milhão de pessoas contribuíram”.
A Polícia Federal (PF) deverá pedir o bloqueio dos R$ 17 milhões recebidos pelo ex-presidente através de PIX. As investigações buscam entender se houve alguma irregularidade e há suspeitas de lavagem de dinheiro.
A PF, contando com a autorização para quebra do sigilo bancário de Bolsonaro e sua esposa, Michelle, concedida pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, pretende também colaborar com o Ministério Público para acessar o Sistema de Investigação de Movimentações Interbancárias (Simba).
Um levantamento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicou que Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix em sua conta pessoal apenas nos primeiros seis meses deste ano, totalizando mais de 769 mil transações. Esse valor representa quase todo o montante movimentado pelo ex-presidente no período avaliado.
Importante ressaltar que essas informações foram encaminhadas pelo Coaf à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga ocorrências criminais de 8 de janeiro no Congresso Nacional. Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, alega que esses dados foram indevidamente divulgados a partir da CPMI.
