Em churrasco com embaixadores, Bolsonaro celebrou acordo no Oriente Médio
O presidente Jair Bolsonaro, no domingo (4), visitou a casa do deputado Eduardo Bolsonaro, seu filho, para participar de um churrasco oferecido em comemoração ao acordo entre Israel e Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Intermediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esse acordo foi anunciado pelos países em 13 de agosto e assinado em 15 de setembro.
Para o churrasco informal em Brasília foram convidados os representantes das embaixadas dos Estados Unidos, Todd Chapaman; de Israel, Yossi Shelley; dos Emirados Árabes Unidos, Saleh Alsuwaidi; e do Bahrein, Bader Al-Hulaiabi.
Também estiveram presente o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o chefe da assessoria estratégica da Presidência, Almirante Rocha.
Antes de deixar a residência oficial, Bolsonaro, sem máscara, parou para conversar e tirar fotos com alguns apoiadores que o aguardavam na portaria da residência oficial.
Integrantes do movimento Família Patriota realizaram uma manifestação em apoio à reeleição do presidente Trump em frente à Embaixada dos Estado Unidos.
O republicano concorre com o candidato democrata, o ex-vice presidente Joe Biden. Entretanto, a sua campanha está interrompida por conta do diagnóstico positivo para Covid-19 de Trump.
Acordo
Na época do anúncio, o ministro Ernesto Araújo defendeu, em audiência no Senado a proposta de paz feita por Trump para Israel e Palestina. Em audiência na Comissão de Relações Exteriores (CRE) ele reforçou o apoio brasileiro à sugestão para tentar resolver o conflito na região do Oriente Médio.
“O plano chamado “Paz para a Prosperidade” é resultado de três anos de preparação com vistas a propor uma iniciativa inovadora para quebrar a inércia nas negociações”, afirmou o chanceler. Para o chefe do Itamaraty, é preciso avançar no “status quo” para “promover o bem-estar” da população local e conter ameaças terroristas.
Para Araújo, o acordo garante a aspiração palestina a um estado próprio, as demandas israelenses e “viabiliza a normalização das relações de todos os países da região com Israel”, bem como garantiria a liberdade religiosa no local.
O ministro também rebateu críticas ao acordo. Na sua opinião, são fruto de uma “perspectiva dogmática apenas”. “É uma repetição de posições anteriores que até hoje não levaram a nada. Pode-se dizer que é uma proposta pragmática, que tenta ver a situação por ângulos diferentes”, sustentou.
Ao final do encontro o embaixador de Israel, Yossi Shelley, agradeceu ao presidente e ao ministro Ernesto Araújo pelo convite. “Foi excelente, consolidou essa nova etapa que está nascendo”, disse.
Ao retornar ao Alvorada, Bolsonaro ainda aproveitou para dar umas voltas de moto pelo jardim da residência oficial. Informa o Metrópoles.