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Silvinei Vasques segue há 8 meses preso, mesmo sem denúncia


Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), permanece preso desde agosto do ano passado, acusado de interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Após oito meses de prisão, Vasques ainda aguarda uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que já negou dois pedidos de soltura apresentados pela defesa.

Em 17 de março, os advogados de Vasques submeteram uma nova petição ao STF, argumentando que a detenção por tempo indefinido é ilegal e que não há fundamentos para manter Vasques preso sob a alegação de que ele poderia influenciar testemunhas. Em um trecho da petição, citado pela Folha de São Paulo, a defesa compara a situação de Vasques com a de Jair Bolsonaro, também investigado: “Se o argumento fosse válido, a Polícia Federal teria pedido a prisão do ex-presidente da República pelo mesmo fundamento. Isso porque se o requerente poderia influenciar no ânimo de alguma testemunha, mesmo sendo pobre e um mero servidor público aposentado, com muito mais razão poderia o ex-presidente.”

Desde sua prisão em 9 de agosto, durante a Operação Constituição Cidadã em Florianópolis, Vasques enfrentou condições adversas, chegando a perder cerca de 12 kg e correndo o risco de envenenamento na cadeia, conforme alegado pela defesa em novembro.

As investigações apontam que agentes da PRF sob a direção de Vasques realizaram blitze que dificultavam o trânsito de eleitores, especialmente no Nordeste, uma região onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) detinha vantagem nas pesquisas eleitorais sobre o então presidente Jair Bolsonaro (PL). O caso segue em aberto e o país acompanha os desdobramentos dessa importante questão de justiça e política.




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