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Defesa Civil Nacional informa que o país tem 14 mil pontos de risco, com 4 milhões de pessoas

Para o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional a Defesa Civil é bem estruturada, mas os municípios precisam se organizar melhor


O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, informou nessa terça-feira, 21, que o país já tem mapeados pela Defesa Civil Nacional cerca de 14 mil pontos de alto risco de desastres com aproximadamente 4 milhões de pessoas morando nestas áreas.

O ministro informou que em razão das fortes chuvas no litoral norte de São Paulo, que causaram deslizamentos e bloqueios exatamente em áreas de risco, a Defesa Civil tem mantido reuniões constantes desde a quinta-feira, 16, com autoridades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Para Goéz, o Brasil tem um sistema de Defesa Civil bem estruturado e organizado. “Temos uma comunicação vertical muito assertiva no que diz respeito estados e União, mas os municípios ainda precisam se organizar mais”, concluiu.

“É bom a gente lembrar quem está lidando com informações. As pessoas, às vezes, tendem a querer acreditar que não vai acontecer um desastre. Então acabam ficando nas suas casas, ou se deslocando para o local onde foi dado o alerta, como é o caso do litoral paulista norte, uma região belíssima, de turismo muito forte, sempre muito buscada nesses períodos”, comentou o ministro sobre a população não acreditar nos alertas.

Ao chuvas fortes no litoral norte do estado de São Paulo já contabiliza 46 óbitos, 23 feridos, além de 766 pessoas desabrigadas e outras 1730 desalojadas. Entre os desabrigados, a maioria, 500 pessoas, estão em São Sebastião que também tem outras mil pessoas desalojadas. As vítimas foram transferidas para uma escola Municipal.

Segundo o Secretário Nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolff, os próximos dias ainda devem ser de muita atenção porque a previsão é de muita chuva na região. “Estão previstas entre 100 e 150 milímetros. Nós estivemos ontem em São Sebastião e o dia estava bastante tranquilo, ensolarado, mas à noite a gente sabe que choveu. Para região da Serra da Mantiqueira, a previsão para hoje é em torno de 250 milímetros de chuva”, alertou.

Segundo o atendimento integrado, o plano de trabalho está focado em assistência às cidades de São Sebastião, Ilhabela, Ubatuba, Caraguatatuba, Bertioga e Guarujá. “Programas de habitação como o Minha Casa, Minha Vida, podem ser priorizados em cidades afetadas ou com muitas pessoas em áreas de risco”, declarou Waldez Goéz.

“São mais de 600 homens e mulheres atuando no resgate de pessoas, limpando, desobstruindo estradas, encontrando mortos, levando pessoas para hospitais, distribuindo água, transportando gente. Então, isso tudo já é força tarefa da Defesa Civil integrada. É o governo federal, governo estadual e governo municipal juntos. Então já há uma atuação muito forte”, disse Goéz.

Em outra frente, segundo o ministro, as prefeituras das cidades atingidas, que já tiveram estado de calamidade reconhecidas, trabalham na elaboração dos planos de trabalho para que sejam feitas as transferências de recursos financeiros e iniciar os trabalhos que restabeleçam a situação de normalidade e de reconstrução dos equipamentos públicos.

“Tudo aquilo que for necessário reconstruir, tendo o plano de trabalho, o governo federal autoriza a apoiar. Nós temos mais 1.300 municípios no Brasil com problema de situação de emergência já decretada e homologada pela Defesa Civil Nacional, e que têm recebido apoios mais distintos. Temos recursos. O que ocorre é que a gente precisa dos planos de trabalho”, explicou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional.

 

 

 




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