O Burger King lançou uma nova campanha publicitária na Finlândia apresentando seu mascote homônimo compartilhando um beijo profundo com Ronald McDonald, junto com o slogan em inglês ‘Love Conquers All’, em tradução livre: o Amor conquista tudo. A imagem está em destaque na página finlandesa da rede de fast food, além de publicidade física (banners, cartazes) em várias lojas e em locais públicos como pontos de ônibus.
A campanha aparentemente apóia a “Helsinki Pride Week” (como a semana do orgulho LGBTQI+ brasileira), que foi transferida para setembro devido à pandemia do coronavírus. E também parece ter sofrido uma grande influência do movimento político-racial “Black Lives Matter”, mostrando uma nova versão da bandeira do Orgulho LGBTQI+ com uma faixa preta e marrom no topo para “representar” não-brancos não-heterossexuais, especificamente.
“O Burger King sempre defendeu a igualdade, o amor e o direito de todos serem do jeito que são”, afirmou a gerente de marca da franquia de hambúrgueres na Finlândia, Kaisa Kasila.
“O único instante em que podemos não parecer assim é quando estamos brincando com nosso concorrente. Mas queremos ser claros – tudo dentro do respeito que temos por eles. E sabemos que o McDonald’s também representa os valores que defendemos ”, acrescentou Kasila. “Pensamos, qual a melhor maneira de transmitir nossos valores do que retratando um beijo entre Burger King e McDonald. Queríamos mostrar que, no final, o amor sempre vence. ”
A Burger King não é a única empresa multinacional a se entregar a campanhas publicitárias que têm muito a ver com políticas e causas de justiça social e pouco a ver com seu negócio principal nos últimos anos. Apenas em agosto deste ano, por exemplo, a Ben & Jerry’s, da Unilever, lançou um discurso inflamado contra o governo britânico nas redes sociais por sua retórica – mas não ação – contra o agravamento constante da crise de migrantes do Canal , que viu ondas de até 416 migrantes por dia travessia da França para a Inglaterra em pequenos barcos diariamente. “Pensamos que a verdadeira crise é nossa falta de humanidade para as pessoas que fogem da guerra, das mudanças climáticas e da tortura”, disseram os vendedores de sorvete em um longo tópico no Twitter – sem se importar com o fato de que os estrangeiros ilegais não enfrentam guerra ou tortura na França, e que a mudança climática, tal como é, é a mesma em ambos os lados do Canal da Mancha.
Esta moda de interesses corporativos gigantescos se entregando ao ativismo político de esquerda segregadora foi apelidada de “capitalismo desperto” pelos críticos.
*Informações do Breitbart e tradução do Hora Brasília.
