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ESQUEMA HELDER SEGUE ‘MODELO WITZEL’


O esquema de corrupção investigado pelo STJ no governo de Helder Barbalho se assemelha ao descoberto na gestão de Wilson Witzel.

Além de envolver a contratação superfaturada de organizações sociais para a gestão de hospitais, há indícios de que a atuação dos criminosos “se intensificou notadamente” durante a pandemia.

Foi exatamente o que aconteceu no Rio.

Diz o ministro Francisco Falcão: “A edição do Decreto Estadual n 619/2020 pelo governador Helder Barbalho possibilitou a realização de contratações emergenciais de organizações sociais com a dispensa de chamamento público, possibilitando o direcionamento para as organizações integrantes do esquema criminoso.”

A PF também relata em detalhes as irregularidades nos contratos das seguintes OS: Instituto Panamericano de Gestão, responsável pelo Hospital Municipal de Santarém e pela instalação e gestão dos hospitais de campanha de Breves e Santarém; Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Birigui, que atua na gestão do Hospital Regional de Caetes (Capanema); Associação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu, contratada para gestão do Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS) e do hospital de campanha de Belém, e o Instituto Nacional de Assistência Integral, que administra o Hospital Público Regional de Castanhal, o Hospital Castelo dos Sonhos, em Altamira, e o Hospital de Campanha de Marabá.

Como mostramos mais cedo, ao todo os contratos investigados somam mais de R$ 1,2 bilhão e envolvem, além da Secretaria de Saúde, as de Transporte, Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, além da Casa Civil.

Segundo a PF, o operador financeiro chama-se Nicolas André Tsontakis Morais, que teria um patrimônio de R$ 600 milhões.

Há ainda suspeitas envolvendo a Secretaria de Educação, que contratou a empresa Kaizen Comércio, para a distribuição de cestas básicas, no valor de quase R$ 74 milhões. A Orcrim, diz a PF, é “possivelmente chefiada por Helder Barbalho em conjunto com Cleudson Garcia Montali, tendo na figura de Nicolas o principal intermediador”.

Os investigadores citam Alberto Beltrame como o agente da Orcrim na Saúde, Elieth Braga na Educação e Antônio de Pádua de Deus Andrade no Transporte. Por um contrato de R$ 25 milhões com a Protende MHK Engenharia, Antônio de Pádua teria embolsado propina de R$ 331 mil.

Vale lembrar que o esquema dos respiradores do Pará também tem conexão com os do Rio. Informa o Antagonista.




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