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URGENTE: Secretário do RJ admite ter adulterado dados de vacinação de Bolsonaro e Laurinha

João Carlos de Sousa Brecha, confessou ter utilizado a senha de uma enfermeira, segundo a PF


O Secretário de Governo de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, João Carlos de Sousa Brecha, confessou ter utilizado a senha de uma enfermeira para remover do sistema do Ministério da Saúde informações falsas relativas à vacinação contra a Covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua filha. As revelações estão no pedido de revogação de sua prisão preventiva entregue ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Polícia Federal, Brecha é o responsável por inserir os registros falsos. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

No seu pedido ao STF, Brecha justifica que a baixa cobertura vacinal em Caxias levou à necessidade de um mutirão para acelerar o registro de vacinações. Como resultado, logins e senhas de acesso foram compartilhados. Ele argumenta que embora os registros falsos estejam vinculados ao seu nome, isso não implica que ele seja o responsável direto pela inclusão das informações no sistema.

Brecha, no entanto, admite ter deletado os dados de vacinação do ex-presidente e de sua filha em 27 de dezembro do ano passado. O secretário afirma que a ação foi tomada após uma análise interna do sistema revelar que ambos estavam listados como vacinados, apesar de ser do conhecimento público que eles não foram imunizados em Caxias.

O advogado de Brecha, Marcos Crissiuma, não retornou as tentativas de contato. Bolsonaro, em depoimento à Polícia Federal, reafirmou que não foi vacinado e negou qualquer envolvimento em ações para alterar seu próprio cartão de vacinação ou o de sua filha.

A defesa de Brecha alega que a inclusão dos registros pode ter sido um erro, já que para inserir os dados, apenas o CPF é necessário. De acordo com a defesa, Brecha usou a senha de Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva para remover os dados, pois sua própria senha não permitia a exclusão ou não estava funcionando naquele momento.

A defesa também argumenta que a viagem de Bolsonaro para os Estados Unidos em 30 de dezembro, após a exclusão dos dados, significou que a inserção indevida de informações não causou danos. O advogado aponta que o ex-presidente entrou nos EUA com um passaporte diplomático, e sua filha com um documento que declarava que ela não poderia ser vacinada, o que, segundo a defesa, elimina a relevância da conduta atribuída ao secretário.




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