Notícias

Suposto mandante do atent@do contra Marielle Franco fez campanha para Dilma, diz site


O ex-deputado Domingos Brazão, apontado como possível mandante do assass1nato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes em 2018, voltou aos holofotes esta semana, após a delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz.

Uma reportagem publicada pelo site The Intercept Brasil revelou que, em 11 de março de 2019, uma mensagem de WhatsApp foi enviada por Jomar Duarte Bittencourt Júnior, filho de um delegado da Polícia Federal, para o policial militar Maurício da Conceição dos Santos Júnior. Nela, previa-se a prisão de diversas pessoas, incluindo Brazão e Rivaldo Barbosa, ligadas à investigação do assassinato de Marielle. O vazamento dessas informações indicava que Brazão, um político influente da Zona Oeste do Rio de Janeiro, estava na mira das autoridades.

Jorge Alberto Moreth, um miliciano, teria afirmado em uma conversa telefônica que Brazão teria encomendado e financiado o ataque. Contudo, a operação resultou na prisão dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

Segundo o The Intercept Brasil, a suspeita é de que Brazão teria mandado matar Marielle como forma de vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual e atual presidente da Embratur na gestão Lula. Em 2008, Freixo presidiu a CPI das Milícias, na qual Brazão foi citado. Na época, Marielle Franco era assessora parlamentar de Freixo.

Em 2015, Brazão assumiu uma vaga no Tribunal de Contas do Estado, uma indicação de aliados do MDB na Assembleia. A posse de Brazão no TCE, no entanto, foi contestada por Freixo.

Em 2019, a então procuradora-geral da República Raquel Dodge, ao denunciar Brazão por obstrução de justiça, afirmou que ele “arquitetou o homicídio” de Marielle. Brazão, por sua vez, sempre negou envolvimento.

Em maio de 2020, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça julgou improcedente o pedido de federalização do caso Marielle feito pela PGR. O relatório da ministra Laurita Vaz mencionou a possibilidade de Brazão ter agido por vingança contra Freixo, dada a interferência deste nas ações do Ministério Público Federal que culminaram com o afastamento de Brazão do cargo no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo