“Não há provas de que foi um crime de ódio, pelo fato de a vítima ser petista”, afirma delegada sobre morte do guarda municipal em Foz do Uguaçu
A delegada e chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, está na linha de frente do crime cometido pelo agente penal federal, Jorge Guaranho, que atirou e matou o guarda municipal, Marcelo Arruda. Durante entrevista coletiva que aconteceu na manhã desta sexta-feira (15), a delega esclareceu que “não há provas de que foi um crime de ódio, pelo fato de a vítima ser petista”, logo, Guaranho será indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e perigo comum. O acusado ainda segue internado e sedado.
Além disso, a delegada declarou que Jorge atirou primeiro, o que descarta a legítima defesa. Ele efetuou quatro disparos, sendo que dois atingiram Marcelo, que revidou com dez disparos, sendo que quatro deles atingiram o Jorge.
“Chegamos a conclusão que vamos indiciar o agente pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e por causar perigo a outras pessoas no local e que poderiam ter sido atingidas pelos disparos”, afirma a delegada Camila Cecconello, chefe da investigação.
A chefe da investigação revelou ainda outros detalhes sobre o ocorrido na noite do sábado (9), na festa de aniversário de Marcelo Arruda. De acordo com ela, antes chegar ao aniversário de Marcelo, Guaranho teria consumido bebida alcóolica e teve conhecimento que a festa seria temática e em homenagem a Lula, e que seria realizada em um clube. Chegando ao local, Guaranho colocou uma música alusiva a Bolsonaro, gerando discursões e atritos. Em seguida, Marcelo atirou uma pedra na direção de Guaranhos, mas atingiu a esposa e a criança. Enraivecido, Guaranhos teria deixado a esposa e a criança em casa, retornando para o local da festa, e atirando em Marcelo que, apesar de caído no chão, revida e acerta Guaranho.