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Javier Milei afirma que irá estabilizar inflação da Argentina em 24 meses


Em sua primeira entrevista após ser eleito presidente da Argentina, Javier Milei reafirmou seu compromisso com duas propostas polêmicas de campanha: fechar o Banco Central e dolarizar a economia. Em declarações à rádio argentina Continental nesta segunda-feira, 20, o líder ultraliberal destacou que considera o fechamento do Banco Central uma “obrigação moral” e a dolarização como uma maneira de se livrar dessa instituição.

Além disso, Milei estabeleceu um prazo ambicioso de 18 a 24 meses para conter a inflação do país, que atualmente está em 147% ao ano. Em relação à escolha da moeda, ele afirmou que será “aquela escolhida pelos indivíduos”. Embora mantenha a taxa de câmbio por enquanto, não levantará as restrições ao estoque de dólares dos bancos, impostas pelo governo atual para controlar as compras de moeda estrangeira pelos cidadãos.

O presidente eleito também enfatizou sua abordagem de privatização, afirmando que “tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará”, referindo-se a empresas e organizações públicas. No entanto, ele negou a intenção de privatizar a educação e a saúde, destacando que essa decisão cabe às províncias.

Quanto ao gabinete que o acompanhará no início do mandato, Milei prometeu surpresas, garantindo que os mais talentosos serão escolhidos para resolver os problemas enfrentados pelos argentinos. O economista de 53 anos, que venceu o segundo turno com 56% dos votos, assumirá a presidência em 10 de dezembro. Durante a campanha, ele adotou uma postura combativa, utilizando uma motosserra como símbolo e apelando ao “extermínio da casta política” que responsabiliza pela crise econômica do país.




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