O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta novas acusações pela suposta tentativa de modificar os resultados das eleições de 2020 na Geórgia. Esta é a quarta vez que Trump se torna réu.
O corpo de promotores apresentou 41 acusações, das quais 13 diretamente contra Trump. Ele é acusado de falsificação e extorsão para modificar o desfecho das eleições que resultaram na vitória de Joe Biden. O procurador distrital do condado de Fulton, Fani Willis, declarou: “A acusação sustenta que, em detrimento do processo legal da Geórgia, os réus se engajaram em atividades criminosas para invalidar o resultado da eleição presidencial no estado”.
Apesar das graves acusações, elas indicam apenas que há evidências suficientes para um julgamento e não uma condenação de Trump ou dos outros 18 acusados. Todos têm até o dia 25 de agosto para se apresentar voluntariamente à Justiça.
A investigação ganhou destaque em fevereiro de 2021, quando vazou um áudio de Trump pressionando Brad Raffensperger, secretário eleitoral da Geórgia. No diálogo, Trump afirmou: “Eu só quero encontrar 11.780 votos… Já que ganhamos no estado”. Na gravação, Trump pressionava Raffensperger a recontar votos para que os Republicanos garantissem os 16 delegados da Geórgia. “Você precisa reexaminar, mas com pessoas que desejam encontrar respostas”, argumentou.
A acusação formal denuncia que “Trump e co-conspiradores não aceitaram a derrota e, de forma deliberada, tentaram alterar ilegalmente o resultado em seu favor”.
No sistema eleitoral norte-americano, é preciso ao menos 270 delegados no Colégio Eleitoral para ganhar as presidenciais. Biden obteve 306 delegados, contra 232 de Trump. Biden venceu na Geórgia com uma margem inferior a 12 mil votos.
Paralelamente a este caso, Trump enfrenta outras ações judiciais, como a retenção de documentos confidenciais, pagamento para silenciar uma atriz pornô em 2016 e incitação ao ataque ao Capitólio em 2021.
