Bolsonaro entra com ação no STF contra toque de recolher de governadores
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (18), durante transmissão ao vivo em suas redes sociais, que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai entrar com uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal) contra decreto de três Estados que determinaram toque de recolher.
“No decreto ali o cara bota ‘toque de recolher’. Isso é estágio de defesa, estado de sítio, que só uma pessoa pode decretar: eu! Mas quando eu assino o decreto de defesa, de sítio ele vai para dentro do Parlamento. Mas o decreto de um governador ou de um prefeito, não interessa quem seja, tem o poder de usurpar da Constituição”, disse o presidente, sem informar a quais governadores se referiu.
Bolsonaro afirmou que vai pedir caráter de urgência em um projeto de lei para tornar mais atividades econômicas essenciais durante as restrições.
“Tudo o que gerar renda a uma família é atividade essencial”, afirmou o presidente.
O chefe do Executivo defendeu o “tratamento inicial” para a doença, sem citar os nomes dos remédios, como a cloroquina e a ivermectina. Ele também mostrou apoio à vacinação em massa, mas reclamou de cobranças sobre os imunizantes.
“Muita gente dizendo: quero vacina. Eu também quero. Quero que você me diga onde tem vacina pra vender”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro elogiou o ex-ministro da Saúde, anunciou que o calendário para o pagamento do auxílio emergencial está pronto, e criticou o ex-presidente Lula, chamando-o de “Capitão Corrupção”.
“Me chamam de Capitão Cloroquina. Estão achando que me ofendem? Vocês vão ter o Capitão Corrupção em 2022, aquele velho barbudo. Não tenho obsessão em ser candidato”.