Política

Bolsonaro afirma em entrevista que lockdown foi uma ação orquestrada para desgastar seu governo e sua imagem


Nesta segunda-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista ao Morning Show, da Jovem Pan, que as medidas restritivas adotadas por governadores no início da pandemia visaram principalmente “desgastar” o seu governo. O mandatário ainda afirmou acreditar que o Brasil não está livre do risco de se transformar em uma ditadura esquerdista.
“A onda vermelha está crescendo no Brasil. A nova ditadura não é de uma hora para outra. Vem aos poucos, vão tirando pedaços da sua liberdade. Eu acho que o Brasil ainda corre esse risco. Não é descartado”, apontou o presidente. “O que mais nós queremos é que não tenhamos que ir para outros países no futuro. Alguns acham que isso nunca vai acontecer. É aí que está o perigo. Acredito que temos os indícios. Os fatos que têm acontecido no Brasil nos últimos anos são mais que suficientes para as pessoas ficarem preocupadas”, declarou Bolsonaro.

“Nós não podemos falar que a nossa paz vai ser eterna no Brasil, que nós vamos continuar com a propriedade privada, com esse direito de ir ao culto e professar a fé que bem desejar, com o direito de ir e vir, porque alguns desses direitos já foram arraídos”, continuou o presidente. Bolsonaro ainda reafirmou que as ações dos governadores durante o combate ao coronavírus foi um grande exemplo da retirada de direitos pois não tiveram nenhuma preocupação com a situação econômica da população ao decretarem o fechamento de comércios.
“No meu entender, foi um trabalho orquestrado para tentar, pela economia, me desgastar. É comum, em um país como o Brasil, tudo que acontece apontarem primeiro para o Presidente da República.”

Bolsonaro comentou sobre a situação econômica do país e afirmou que não mede esforços para solucionar alguns problemas, como o aumento no preço dos combustíveis.
“O preço dos combustíveis subiu no mundo todo, mas, no Brasil, a sua alta se deve em razão do imposto estadual, o ICMS, que eu estou há quatro meses, junto ao Supremo, tentando fazer com que um dispositivo constitucional seja cumprido”, lembrou o chefe do executivo.
“Só no ano de 2020, nós gastamos o equivalente a 13 anos de Bolsa Família. Não podem falar que não pensamos nos mais humildes. No meu entender, foi só por causa disso que não tivemos problemas mais graves no Brasil, como saque em supermercados, incêndios em ônibus, arrastões. Conseguimos manter a economia viva também com programas, atendendo a pequenas e microempresas”, pontuou o presidente da República.

Bolsonaro também explicou o seu veto ao projeto de lei que viabiliza a renegociação de dívidas de empresas do Simples Nacional e microempreendedores individuais (MEIs). “O meu veto na não renegociação não foi maldade. Eu tinha dois problemas: a fonte de recursos para compensar aquilo, senão eu respondo por crime de responsabilidades, e também havia uma oportunidade de eu ser julgado eleitoralmente. Já pensou que maravilha para a atual composição do TSE um julgamento nesse sentido?”, afirmou o presidente.
“Eu tenho certeza que o Parlamento vai derrubar o veto, assim como aconteceu há pouco tempo com uma questão que envolvia religião no Brasil. Eu fui obrigado a vetar e falei: ‘Se eu fosse deputado, votaria para derrubar o meu veto’. É a regra do jogo, eu não posso me expor. Eu acredito que eu sou a pessoa mais importante do Brasil no momento. Se tivesse um petista no governo, eu acho que esse país já seria uma Venezuela. O que governadores petistas fizeram nos seus respectivos Estados foi algo de assombrar”, finalizou.




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