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“Bandidos a discursar no parlamento português? Não, obrigado”, diz post de Partido Conservador (CHEGA) de Portugal


O Partido Chega e a Iniciativa Liberal, partidos conservadores de Portugal, criticaram, esta quinta-feira (23), o ministro dos Negócios Estrangeiros após o anúncio de que o presidente do Brasil Lula (PT) irá discursar nas comemorações do 25 de Abril. As siglas consideraram “um desrespeito” pelo parlamento e um “atropelo inaceitável”.

André Ventura (CHEGA) afirmou que “o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros, João Cravinho, acaba de anunciar que discursará nesta casa o Presidente brasileiro sem que a sua pessoa, o presidente em exercício, ou qualquer grupo parlamentar tenha sido ouvido”, referindo-se ao fato de Cravinho não ter consultado a Assembleia da República sobre a presença de Lula.

O líder do Chega afirmou que esta situação “é um pouco desrespeitoso ser um ministro, e não vossa excelência, a anunciar quem discursa nesta casa” O vice-presidente da Assembleia, Adão Silva, afirmou que Augusto Santos Silva “seguramente dará as explicações que entender, e prevalece, como é sabido, e sempre, a conferência de líderes sobre esta matéria de agendamento de quem fala e o que se agenda e o que se debate no parlamento”.

Logo em seguida, o presidente da Iniciativa Liberal (IL) também protestou contra a presença do mandatário brasileiro: “isto que estamos agora a tomar conhecimento, por esta via absolutamente anormal, constitui um atropelo inaceitável aquilo que é a própria instituição parlamentar. O senhor ministro dos Negócios Estrangeiros não está em sua casa. Esta é a casa da democracia, que tem procedimentos próprios, e o procedimento próprio é que a sessão solene do 25 de Abril seja discutida em âmbito de conferência de líderes”, defendeu Rui Rocha, endossando que a Assembleia não debateu a ida de Lula.

Rocha classificou como “incompreensível que o ministro dos Negócios Estrangeiros apresente uma decisão que não foi partilhada com os grupos parlamentares, não foi partilhada com os deputados, não foi esclarecida, não foi discutida” e acusou João Gomes Cravinho de ter violado “toda a solidariedade institucional que é devida ao parlamento português”.

 




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