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Aeroporto clandestino de Brasília possui 119 hangares e abriga cerca de 250 aeronaves


Uma pista, localizada a 35 km do Congresso Nacional, tem se tornado um ponto de fuga preferido para aqueles que desejam evitar a atenção indesejada e a estrita supervisão do Aeroporto Internacional de Brasília.

O local é frequentado por políticos e empresários, segundo divulgação da Crusoé. Sem o pagamento de taxas aeroportuárias, ou a necessidade de passar por fiscais da Receita Federal e aparelhos de raios-x, o aeroporto clandestino oferece discrição e conveniência. Com um movimento médio de 40 voos por dia, a clientela do aeroporto é formada por políticos, empresários e fazendeiros da região de Brasília.

Segundo a revista, no período em que acompanharam a rotina do aeroporto ilegal, pode-se ver o desembarque de toda a bancada baiana no Senado foi vista desembarcando de um Learjet 45 avaliado em 12,5 milhões de reais, que pertence a um dos senadores.

O aeroporto, localizado na área rural de São Sebastião, possui 119 hangares e abriga cerca de 250 aeronaves, avaliadas em até 20 milhões de reais, além de uma pista pavimentada com 1,7 km de comprimento e 23 metros de largura, dentro dos 977 hectares do empreendimento. A operação do aeroporto é amadora, com homens em motocicletas ou triciclos direcionando as aeronaves para os hangares. O custo para os usuários frequentes é de 5 mil reais por mês, enquanto visitantes ocasionais pagam de 200 a 400 reais por pernoite de aeronave.

Apesar de operar à margem da lei, o aeroporto clandestino tem planos de expandir. O governo de Brasília anunciou a intenção de legalizar e operar o aeroporto através de uma parceria público-privada. No entanto, por enquanto, o Estado apenas sinaliza sua presença através de uma faixa com a logomarca da Terracap em uma cerca de arame farpado.

O aeroporto, se regularizado, será nomeado em homenagem a Joaquim Domingos Roriz, ex-governador do DF, muito conhecido por sua participação em escândalos de corrupção e políticas populistas. O governador Ibaneis Rocha, proprietário de um King Air de 8,2 milhões de reais que opera regularmente no terminal, é um dos principais defensores dessa proposta.




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