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Soldado Wesley Góes da PM-BA foi fuzilado na frente da família


Eu quero trabalhar com honracom dignidade. Eu não vou mais prender trabalhador, não entrei na polícia para prender pai de família. Quero trabalhar com dignidade, porque sou policial militar da Bahia”, essas foram as palavras do soldado Wesley Soares Góes ao se recusar cumprir ordens absurdas do governador da Bahia, Rui Costa.

O caso foi tratado pelo batalhão e pela polícia como um “surto psicótico”, mas a verdade é que Wesley não concordou em cumprir ordem de prender trabalhadores que simplesmente queiram exercer o direito de trabalhar. Ao se recusar cumprir ordens superiores, ele se dirigiu à frente do Forte Santo Antônio, no Farol da Barra e efetuou disparos para cima para iniciar seu protesto contra as ordens que recebera.

Os disparos do soldado eram para chamar a atenção do Batalhão, em muitos vídeos é possível ver que ele não demonstrou em nenhum momento tentar tirar a própria vida ou a vida de algum colega. No entanto, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) foram chamadas para “negociar” com Wesley. Essas mesmas equipes mantiveram a imprensa distante para que as indagações do soldado não pudessem ser entendidas. A família do soldado foi levada de helicóptero para o local, na tentativa de intimidar Wesley.

A família disse que Góes nunca tinha apresentado surtos. Durante toda a situação, ele estava com o rosto pintado de verde e amarelo.

O PM, identificado como Wesley Soares Góes, era noivo e trabalhava na 72ª CIPM há pelo menos quatro anos. Ele foi baleado por seus próprios colegas de farda após 3h30 de negociação com equipes do BOPE, na frente de sua família, no início da noite.

A execução foi transmitida ao vivo por pessoas que acompanhavam à distância toda a situação.

Leia, abaixo, a nota da Polícia Militar:

“A Polícia Militar lamenta profundamente o episódio que ocorreu neste domingo (28), no Farol da Barra, quando todos os esforços foram feitos por um final pacífico durante um possível surto de um PM. O Batalhão de Operações Policiais Especiais adotou protocolos de segurança e o policial militar ferido foi socorrido imediatamente pelo SAMU. A corporação tomou conhecimento ainda de um vídeo do momento em que a imprensa acompanha o fato e é interpelada por um policial militar. A instituição ressalta o respeito à liberdade de expressão e ao trabalho dos jornalistas. O fato será devidamente apurado”.

 




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