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Ludhmila Hajjar é coautora do estudo com superdosagem de cloroquina que resultou em 11 mortes


A suposta médica cotada para assumir o Ministério da Saúde, no lugar de Eduardo Pazuello, indicada pelo Centrão, Ludhmila Abrahão Hajjar, foi uma das responsáveis por estudo realizado com doses altas de cloroquina, resultando na morte de 11 pessoas.

Ludhmila usou a velha mídia para afirmar que não quer fazer parte do Governo por supostas “divergências técnicas” em relação ao Governo Federal, apesar da aprovação de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados.
No estudo, que atualmente está em investigação Ministério Público do Rio Grande do Sul, através de um inquérito civil que apura seus procedimentos, mostrou que a pesquisa utilizou 1.200 mg por dia em dez dias, ou seja, 12 gramas de hidroxicloroquina em 81 pacientes terminais e na fase final da doença. Segundo indicação da bula do medicamento, a dose máxima indicada para humanos é de 25mg por quilo do paciente em 24 horas, não podendo ultrapassar 600mg por dia e nem 1500mg em três dias.

Em entrevista com o médico infectologista Marcus Vinícius Guimarães Lacerda, responsável pelo estudo, ele afirmou “que seguiu estudo similar da China, com algumas diferenças: ao invés de 1.000 mg de hidroxicloroquina por dia, usou 1.200 mg de cloroquina”. O Lacerda não apresentou o estudo da China e nem conseguiu provar que a cloroquina tem toxicidade similar à da hidroxicloroquina. Questionado sobre a alta dose utilizada, ele argumentou que a dose informada na bula era para malária, não para Covid, e que era “preciso mostrar que isso seria inseguro para o Covid”.

O levantamento realizado pelo MPF mostrou que o médico teria usado uma dose de cloroquina quase três vezes maior que a dose considerada segura em pacientes graves, ou seja, com menor capacidade de metabolizar e eliminar a substância do corpo. Foram 27 pesquisadores que assinaram a pesquisa, dentre eles, a médica Ludhmila Abrahão. O estudo também foi financiado pelo governo do Amazonas, a Farmanguinhos (Fiocruz-Manaus) e a Fundação Oswaldo Cruz.




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