Justiça do Rio decide afastar Flordelis do cargo de deputada federal
A 2a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade, afastar a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) de qualquer função pública até o julgamento do processo ou pelo prazo máximo de 1 ano. A decisão ainda será submetida ao plenário da Câmara dos Deputados, para que decidam se mantém o afastamento.
O Conselho de Ética da Câmara também instaurou procedimento para avaliar a conduta da deputada, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
“São 50 anos que convivo nessa Casa de conflitos e há muito tempo não vejo uma situação tão complexa, estranha e que causa tanta surpresa. Lidamos com homicídio, improbidade administrativa, vários desvios, mas há uma gama de circunstâncias estranhas, sobre as quais não vou tecer comentários”, afirmou o relator do processo na 2ª Câmara Criminal, desembargador Celso Ferreira Filho, que votou a favor do afastamento.
A decisão foi em razão do processo na 3ª Vara Criminal de Niterói, Região Metropolitana do Rio. O advogado Ângelo Máximo, que representa a família do pastor também defendeu o afastamento de Flordelis, sob alegação de que deputada atrapalhou as investigações do caso.
“Fica claro o uso do cargo, o uso da máquina, da função pública para se esquivar da responsabilidade de ser mandante do crime”, disse Ângelo Máximo.
O julgamento ocorreu no começo da tarde desta terça-feira, por videoconferência.