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PF liga PCC a doleiro condenado na Lava Jato


De acordo com informações publicadas na revista Oeste, investigações da Polícia Federal (PF) apontam a ligação de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) com o doleiro Raphael Flores Rodriguez, condenado no ano passado em uma das ações da Operação Lava Jato a 11 anos e um mês de prisão pelos crimes de evasão de divisas e integrar organização criminosa ao lado do doleiro Alberto Yousseff. A Justiça lhe concedeu o direito de recorrer da decisão em liberdade.

Segundo a PF, José Carlos Gonçalves, o Alemão, e Antônio Carlos Martins Vieira, o Tonhão, presos em 30 de setembro de 2020 na Operação Rei do Crime, acusados de comandar o maior braço financeiro do PCC, transferiram dinheiro para uma empresa ligada ao doleiro e para contas bancárias da família dele.

A Operação Rei do Crime culminou com a prisão de 13 pessoas. Alemão e Tonhão são acusados de chefiar dois dos quatro núcleros do braço financeiro do PCC e também de manter ligações com parentes de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo da facção.

Marlon Antônio Vieira, advogado de Rodriguez, disse que a condenação de seu cliente na Lava Jato está em recurso e não foi transitada em julgado. Ele afirmou não ter conhecimento de transferências de dinheiro de integrantes do PCC para contas de familiares de Rodriguez e acrescentou que sobre esse caso ele não é investigado.

O inquérito conduzido pela Polícia Federal concluiu que os quatro núcleos investigados movimentaram R$ 32 bilhões em quatro anos e lavaram dinheiro utilizando um esquema articulado com 78 empresas, entre postos de combustíveis, holding (empresa que controla outras empresas), transportadoras e revendedoras de peças para veículos.




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