Saúde

Dados da Coronavac relatados à Anvisa não estão claros, diz médico


Em entrevista à CNN neste domingo (10), o diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), Jorge Kalil, frisou que faltaram informações sobre a Coronavac nos documentos divulgados pelo governo de São Paulo à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Deve ter alguma razão para essa lacuna, pois os dados requisitados pela Anvisa são simples. Esses esclarecimentos são fundamentais para que recebamos a vacina de forma tranquila”, disse Kalil.

De acordo com ele, falta transparência.

“Pode ser que não existam algumas confirmações e tudo bem. Mas isso precisa ser dito, tudo precisa ser claro e não está”, completou.

Conforme noticiamos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou neste sábado (9) que está incompleta a documentação entregue pelo Instituto Butantan no pedido para uso emergencial da vacina contra coronavírus.

A substância foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.

“Após a triagem de todos os documentos fornecidos, os técnicos da Anvisa verificaram que ainda faltam dados necessários à avaliação da autorização de uso emergencial”, disse a Anvisa, em nota.

Veja a declaração do diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), Jorge Kalil, na íntegra!

Secretário de Saúde de SP

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse na noite de sábado (9) que, para ele, as exigências da Anvisa causaram “estranhamento”.

“O instituto Butantan passou dossiê para a Anvisa com 10 mil páginas. Dessas constam todos os dados de todos os voluntários envolvidos. O que me causa um espanto tremendo [a solicitação de documentos que faltam]“, disse o secretário, em entrevista à GloboNews.

“Isso faz parte dos registros do cabeçalho antes de começar cada um dos estudos. Sabemos quem são os indivíduos, quem recebeu a vacina e quem recebeu o placebo”, completou.

Documentação entregue

Entre a noite de sábado e a manhã deste domingo (10), o Instituto Butantan enviou para a Anvisa os novos dados.

A documentação já foi incluída no processo de aprovação emergencial da Coronavac.

Até às 09h de hoje (10), o percentual de documentos considerados insuficiente caiu de 59,63% para 53,01%. .




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