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Bolsonaro critica transferência de delegado que investigou atentado de 2018 para Londres


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão do governo Lula de transferir o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Morais Fernandes, para o cargo de adido da PF em Londres. Em entrevista, Bolsonaro classificou a transferência como uma “premiação bastante suspeita”, sugerindo que há motivações políticas por trás da nomeação.

“Ele estava na diretoria de Inteligência. Segundo a mídia, diretoria totalmente voltada para perseguir Jair Bolsonaro. E agora ganhou um prêmio para ir para fora do Brasil, para Londres. Essa é a PF livre de interferências, como faziam comigo no passado. Não persegui ninguém. Não interferi dentro da PF nada. E agora acontecem essas premiações bastante suspeitas”, declarou Bolsonaro.

Morais, que será enviado ao Reino Unido no final do ano, investigou o atentado sofrido por Bolsonaro em 2018, durante a campanha eleitoral. À época, como delegado regional de Combate ao Crime Organizado em Minas Gerais, Morais concluiu que Adélio Bispo, autor da facada, agiu sozinho e que não havia um mandante por trás do ataque.

A decisão de transferir o delegado ocorre após ele ter ocupado, desde fevereiro de 2023, o cargo de diretor de Inteligência da PF, onde também esteve envolvido em investigações ligadas a Bolsonaro. A mudança gerou questionamentos do ex-presidente, que enxerga a nomeação como parte de uma estratégia para enfraquecer sua base.




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