Presidente do Sistema Fibra é alvo de investigação do TCU por uso indevido de recursos públicos
O presidente do Sistema Fibra (Federação das Indústrias do Distrito Federal), Jamal Bittar, está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) após denúncias de irregularidades no uso de recursos do sistema. De acordo com a acusação, o orçamento do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-DF) teria sido utilizado para pagar o aluguel e adquirir mobílias e eletrodomésticos para a residência pessoal de Bittar.
A investigação, que já se estende por cinco anos, foi desencadeada por uma denúncia que apontou a prática como sendo “proibida pelo estatuto” do Sistema S. O relatório produzido pelo TCU descreve um suposto esquema de transferência ilegal de recursos vultosos ao IEL-DF por meio de contratos de serviço falsos, com o objetivo de driblar os processos licitatórios e de controle exigidos às entidades do Sistema S.
Pagamentos irregulares somam mais de R$ 53 mil
Entre os gastos investigados, está o pagamento do aluguel de um apartamento de Jamal Bittar em uma quadra da Asa Sul, cujo valor seria de R$ 3,7 mil por mês. Esses pagamentos, realizados até 2017, teriam gerado uma despesa de mais de R$ 53 mil.
No entanto, ainda não está claro se os pagamentos irregulares continuam sendo realizados atualmente. O TCU destaca a dificuldade de apurar integralmente as irregularidades devido à recusa no compartilhamento de informações sobre o IEL/DF e outros órgãos do Sistema S, como o Sesi/DF e o Senai/DF.
Acesso às informações é essencial para a conclusão das investigações
De acordo com o relatório, a negativa de acesso aos dados do Sesi/DF e do Senai/DF tem prejudicado uma análise mais aprofundada das irregularidades. “A apuração de irregularidades cometidas por essas entidades é imprescindível para avançar na investigação”, aponta o documento do TCU.