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Google e outras gigantes do “Vale do Silício” estão entre os acionistas da Starlink

A empresa teve contas bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes


A Starlink, bloqueada recentemente pelo ministro Alexandre de Moraes, é uma peça-chave na expansão do acesso à internet em áreas remotas do Brasil. Embora amplamente associada ao bilionário Elon Musk, a administração da Starlink envolve um grupo diversificado de empresários e investidores. Apenas 42% da empresa pertence a Musk, enquanto o restante é dividido entre gigantes como Google, Johnson e o fundo de Peter Thiel, um dos maiores do “Vale do Silício”, a região que abriga as principais empresas de tecnologia do mundo.

Alguns dos investidores conhecidos incluem:

1. Founders Fund: Um fundo de capital de risco fundado por Peter Thiel, que foi um dos primeiros investidores da SpaceX.
2. Google (Alphabet Inc.): Em 2015, a Alphabet (controladora do Google) e a Fidelity investiram aproximadamente US$ 1 bilhão na SpaceX em troca de uma participação combinada de cerca de 10%.
3. Fidelity Investments: Junto com o Google, a Fidelity também adquiriu uma participação significativa na SpaceX.
4. Draper Fisher Jurvetson (DFJ): Um fundo de capital de risco que foi um dos primeiros a investir na SpaceX.
5. Baillie Gifford: Um gestor de ativos baseado na Escócia, conhecido por suas participações em empresas de tecnologia, que também investiu na SpaceX.
6. Valor Equity Partners: Um fundo de private equity que investiu na SpaceX e em outras empresas de tecnologia associadas a Elon Musk.
7. Sequoia Capital: Outro fundo de capital de risco de renome que investiu na SpaceX.

Além desses, há uma série de outros fundos de investimento, investidores privados e funcionários da própria SpaceX que possuem participações na empresa. A estrutura acionária exata não é totalmente pública, mas Elon Musk continua sendo o maior acionista com controle significativo sobre a empresa.

Desde que começou a operar no Brasil, a Starlink se destacou por fornecer internet de alta velocidade em regiões onde as operadoras tradicionais não chegam, beneficiando comunidades isoladas, áreas rurais e até mesmo partes da Amazônia. Com o bloqueio das contas da Starlink, há um risco iminente de que milhares de brasileiros em áreas remotas percam acesso à internet, comprometendo serviços essenciais como educação, saúde e segurança.

O bloqueio das contas da Starlink não afeta apenas a população brasileira, mas também coloca em risco investimentos significativos de gigantes tecnológicos. Google, Johnson e o fundo de Peter Thiel, com importantes participações na Starlink, são figuras influentes no Vale do Silício e no cenário global de tecnologia. Uma ação desse tipo pode gerar tensões diplomáticas e comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, prejudicando a percepção do Brasil como um destino seguro para negócios internacionais.

Além dos impactos econômicos e diplomáticos, a segurança nacional brasileira também pode estar em jogo. A conectividade fornecida pela Starlink é vital para monitoramento e operações em áreas críticas, como a Amazônia, onde forças de segurança enfrentam desafios como desmatamento ilegal e tráfico de drogas. O bloqueio pode enfraquecer essas operações, comprometendo a capacidade do Brasil de proteger suas fronteiras e manter a ordem em regiões remotas.

O bloqueio das contas da Starlink, por decisão monocrática de Alexandre de Moraes, abre um precedente perigoso, cujas ramificações vão muito além das fronteiras do Brasil. Com investidores globais de peso envolvidos, as consequências podem afetar não só a conectividade e segurança nacional, mas também a posição do Brasil no cenário internacional de negócios e tecnologia.




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