CNJ envia relatório ao MPF e STF sobre supostos crimes na Operação Lava Jato
Na tarde desta terça-feira (11), a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) determinou o envio ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) de um relatório apontando indícios de supostos crimes cometidos por juízes e procuradores envolvidos na Operação Lava Jato.
A decisão foi tomada após o plenário do CNJ decidir pela abertura de um processo disciplinar contra os magistrados que atuaram na Lava Jato e confirmar a proposta da corregedoria de enviar as conclusões ao MPF e ao STF. O corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, assinou o acórdão com o resultado do julgamento nesta terça-feira.
O relatório de fiscalização da Lava Jato no Paraná, elaborado por um delegado da PF, afirma que houve conluio entre o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR), a juíza Gabriela Hardt, o ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol e outros procuradores para garantir a destinação e desvio de R$ 2,5 bilhões de recursos públicos para uma fundação que seria criada pela Lava Jato a partir de multas. Segundo o relatório, há suspeitas de crimes de prevaricação, corrupção privilegiada e corrupção passiva.
Agora, o material será analisado pela equipe do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet. Cabe ao MPF decidir se vai pedir a abertura de uma investigação, solicitar mais informações, oferecer uma acusação formal à Justiça ou arquivar o caso. O documento também será enviado ao ministro do STF, Dias Toffoli, relator de ações que discutem a regularidade das investigações da Lava Jato.