Economia

Haddad culpa Bolsonaro por déficit público recorde


Fernando Haddad, Ministro da Fazenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem enfrentado duras críticas devido ao déficit público de R$ 230,54 bilhões em 2023. Mesmo assim, ele continua atribuindo a culpa à gestão anterior de Jair Bolsonaro. Nesta quarta-feira (22), Haddad afirmou que o governo Bolsonaro é responsável pelo segundo pior resultado fiscal da história, um déficit público, após herdar um superávit primário de R$ 54,1 bilhões em 2022.

Haddad afirmou que de fevereiro de 2023 a fevereiro de 2024, as contas do Governo Central apresentaram um déficit de R$ 252,9 bilhões, equivalentes a 2,26% do PIB. No entanto, críticos argumentam que esta é mais uma tentativa do ministro de desviar a atenção da atual gestão, que tem sido marcada por uma expansão significativa dos gastos públicos.

Essa não é a primeira vez que Haddad recorre a declarações controversas para justificar os desafios enfrentados por sua administração. No mês passado, ele afirmou em coletiva de imprensa que o Brasil “não cresce desde 2015”, uma declaração que foi amplamente contestada por analistas e opositores, que apontam para crescimentos modestos em alguns anos desde então.

O déficit de 2023, considerado o segundo pior resultado da história, colocou Haddad no centro de um debate intenso sobre a viabilidade das políticas econômicas do governo Lula. As críticas se intensificam diante de um cenário onde a administração atual promoveu uma série de aumentos de gastos, sem conseguir compensar com uma arrecadação equivalente, agravando a situação fiscal do país.

Com o aumento do déficit, os desafios para o governo incluem não apenas equilibrar as contas, mas também restaurar a confiança de investidores e mercados financeiros. Haddad, enquanto tenta justificar os resultados, enfrenta a difícil tarefa de apresentar soluções que possam efetivamente reverter o quadro fiscal sem recorrer a medidas populistas ou insustentáveis.




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