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Delegado responsável pela prisão de Silvinei Vasques assume cargo de chefia na PF


O delegado Flávio Vieitez Reis, da Polícia Federal (PF), assumiu na última sexta-feira (10/5) a coordenação-geral de Operações de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Reis é conhecido por liderar as investigações que culminaram na prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo de Jair Bolsonaro.

A transferência de Reis para a Senasp, uma subordinada do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), foi oficializada por meio de uma portaria assinada pelo secretário-executivo do MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto, considerado o braço direito do ministro Ricardo Lewandowski.

Em 2023, sob o comando de Reis, foi realizada uma operação que levou à prisão de Vasques, acusado de prevaricação e violência política. Ele é suspeito de utilizar recursos públicos para interferir nas eleições de 2022, particularmente através da instalação de barreiras em rodovias, especialmente no Nordeste, durante o segundo turno eleitoral.

As provas que embasaram o pedido de prisão preventiva de Vasques e os mandados de busca e apreensão foram detalhadas por Reis em um documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. O material inclui fotos do celular da delegada da PF Marília Alencar, mostrando reuniões planejadas entre Vasques e o então ministro da Justiça, Anderson Torres. Uma dessas fotos destacava um painel com o título “CONCENTRAÇÃO MAIOR OU IGUAL A 75% – LULA”, listando cidades do Nordeste.

Além disso, Reis citou um arquivo Excel encontrado no celular de Alencar, datado do dia 18 de outubro de 2022, com informações sobre o alcance de eleitores pelas equipes da PRF, indicando uma possível manipulação das operações policiais com fins eleitorais.

A prisão de Silvinei Vasques ocorreu em agosto de 2023 e, recentemente, o ministro Alexandre de Moraes negou um pedido de soltura do ex-diretor-geral da PRF, estendendo o prazo para a conclusão do inquérito sobre sua tentativa de interferência nas eleições. Com sua nova função na Senasp, Reis deixa o comando dessas investigações.




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