A devastação provocada por temporais no Rio Grande do Sul elevou o número de mortes para 32, conforme relatos atualizados até a noite desta quinta-feira (2). Enquanto a Defesa Civil do estado contabilizou 29 vítimas, outras três mortes foram confirmadas por prefeituras e órgãos de segurança locais, incluindo o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. “Com a mais profunda dor no coração, eu sei dizer que será ainda mais do que isso. É porque nós não estamos conseguindo acessar determinadas localidades e sabemos de deslizamentos e de inundação, de pessoas que estão em locais inacessíveis. Infelizmente, esses números vão ainda aumentar”, expressou o governador Eduardo Leite (PSDB).
Além das mortes, a Defesa Civil registra 60 pessoas desaparecidas e 36 feridos em meio ao caos. Até o momento, 14,8 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, das quais 4.645 estão em abrigos e 10.242 desalojadas. O desastre afetou 154 dos 496 municípios do estado, impactando diretamente 71,3 mil cidadãos.
Diante da severidade da situação, o governo estadual decretou estado de calamidade pública, uma medida válida por 180 dias para enfrentar os “eventos climáticos de chuvas intensas”. Como resultado, as aulas em 2.340 escolas da rede estadual foram suspensas, afetando aproximadamente 700 mil alunos.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém um alerta vermelho sobre parte do Rio Grande do Sul até às 15h desta quinta-feira, com previsões de mais chuvas fortes, possibilidade de granizo, ventos intensos e descargas elétricas, prolongando o estado de vigilância e resposta das autoridades e equipes de emergência.
