O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou novas metas econômicas do governo Lula 3, antecipando que o Brasil terá um déficit zero em 2025 e um aumento no salário mínimo para R$ 1.502 no próximo ano. Esses detalhes deveriam ser oficialmente revelados apenas mais tarde, mas foram divulgados prematuramente à GloboNews. “Eu até me desculpo por estar falando disso antes das 17h, horário combinado, mas sim, os dados são esses”, declarou Haddad.
A revelação ocorre às vésperas da apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) nesta segunda-feira (15), que também ajustará as expectativas de superávit para uma meta de déficit zero em 2025.
“É da vida, da democracia, mas nós precisamos discutir seriamente esses casos para continuar na trilha de, ao equilibrar as contas, permitir que os juros caiam, permitir que o crescimento seja mais robusto.”
Além disso, Haddad destacou o atual panorama econômico brasileiro, comemorando o baixo índice de inflação, 0,16% em março, em comparação com 0,40% nos Estados Unidos no mesmo período.
Em relação à reforma tributária, o ministro informou que reuniões estão em curso para acelerar a proposta, com expectativas de que seja apresentada ainda nesta semana. “Estamos fazendo tudo para a Casa Civil estar com esse texto nas próximas horas e aí o presidente [Lula] decide como fazer a solenidade de entrega”, explicou Haddad, expressando urgência em encaminhar a medida ao Congresso.
Sobre o cenário político e a próxima eleição presidencial em 2026, Haddad refletiu sobre os desafios da polarização política. “Nessa quadra histórica em que há espaço para o extremismo, não tem ninguém invencível de jeito nenhum, nem um lado, nem o outro.”
No âmbito corporativo, a crise na Petrobras também foi tema de discussão, com o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, recentemente envolvidos em divergências solucionadas com a ajuda de Haddad. “Quando você é chamado para colaborar num problema que surgiu, numa divergência, você leva um posicionamento técnico, você não leva ‘eu sou a favor do Fla ou do Flu'”, comentou o ministro, que não especificou se haverá reajustes nos preços dos combustíveis, apesar da autonomia financeira da Petrobras para manter seus investimentos previstos.
