Neste domingo (7), Paulo Pimenta, Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, reforçou a posição do Brasil diante das recentes declarações de Elon Musk, dono do X (ex-Twitter). Em uma resposta não direcionada diretamente a Musk, Pimenta destacou a intransigência do país frente às “ameaças”, sublinhando que a soberania nacional não estará sob o domínio de plataformas digitais e conglomerados tecnológicos.
As declarações de Musk, especialmente aquelas dirigidas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, acusando o Brasil de censura, provocaram reações. Esta situação incitou apoiadores de Jair Bolsonaro, com o próprio ex-presidente compartilhando um vídeo de seu encontro com Musk em maio de 2022, onde Musk é descrito como “o mito da nossa liberdade”.
Pimenta reforçou a integridade democrática do Brasil, sua constituição, justiça independente, e a liberdade de expressão como pilares inabaláveis da sociedade. “O Brasil não se dobrará a qualquer tentativa de desrespeito, independente da influência ou recursos financeiros em jogo. A soberania do país não é negociável frente ao poder das plataformas digitais e o modelo empresarial das big techs”, enfatizou Pimenta.
Além disso, Jorge Messias, ministro da AGU, defendeu a necessidade de regulamentar rapidamente as redes sociais no país, ressaltando a problemática do controle dessas plataformas por “bilionários estrangeiros” em desacordo com o Estado de Direito.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, também se manifestou, acusando Musk de atiçar a extrema direita com insinuações de censura no Brasil. Por outro lado, Musk reiterou suas críticas a Moraes no domingo, afirmando que o ministro deve “renunciar ou ser impeachmado” por suas ações contrárias à legislação brasileira.
Desde o pleito de 2022, diversas contas, incluindo de parlamentares e influenciadores bolsonaristas, foram suspensas por ordem de Moraes, numa medida de controle e investigação. Até o momento, Moraes não se pronunciou sobre as recentes provocações do magnata da tecnologia.
