Musk X Moraes? Jornalista norte-americano expõe documentos do X/Twitter sobre ações “ilegais” do magistrado nas eleições de 2022, diz site
Segundo o portal Gazeta do Povo, a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do seu presidente, ministro Alexandre de Moraes, ganhou os holofotes da mídia internacional e das redes sociais, graças a uma detalhada exposição feita pelo jornalista americano Michael Shellenberger em uma série de tweets. Com base em materiais fornecidos por Elon Musk, o bilionário e atual proprietário da plataforma X (anteriormente Twitter), revelou uma série de documentos que questionam as práticas da Corte e do ministro. Musk, grande defensor da liberdade de expressão, decidiu confrontar diretamente Moraes ao entregar a Shellenberger os chamados “Arquivos do Twitter Brasil”, contendo informações sigilosas. Shellenberger, que tem quase 900 mil seguidores na plataforma Twitter/X, compartilhou documentos que, segundo ele, evidenciam ações “ilegais” perpetradas pela Corte e pelo ministro, incluindo violações à liberdade de expressão e invasões de privacidade.
Os arquivos, iniciados com um e-mail de fevereiro de 2020 de Rafael Batista, ex-membro do jurídico do Twitter/X no Brasil, detalham solicitações controversas feitas pelo Congresso Nacional à plataforma e subsequentes desdobramentos jurídicos enfrentados por Batista por resistir a essas demandas. Ele menciona uma pressão constante para ceder dados dos usuários e critica a colaboração do Google em fornecer informações às autoridades brasileiras, enfraquecendo a luta pela privacidade online.
As alegações continuam com Batista relatando investigações civis movidas contra a plataforma, incluindo uma ação da filósofa Djamila Ribeiro, após ser alvo de ofensas raciais. Shellenberger também destaca a pressão sofrida pelo Twitter por parte do TSE, especialmente sob a liderança de Moraes, para monitorar hashtags e identificar usuários sob alegações de disseminar desinformação.
Interessantemente, a thread de Shellenberger cobre a dinâmica entre o Twitter/X e o TSE durante períodos críticos, revelando as tensões entre liberdade de expressão, privacidade e regulamentação eleitoral no Brasil. Esse cenário inclui pressões para a remoção de conteúdo e perfis, demonstrando uma preocupante interseção entre justiça eleitoral e a moderação de conteúdo online.
A reta final da exposição traz uma análise do advogado brasileiro Hugo Freitas, que critica as ações do TSE como abusivas e contrárias à natureza democrática da promoção de mudanças legislativas via redes sociais. Shellenberger encerra com uma acusação de censura por parte de Moraes e do TSE, indicando uma interferência nas eleições presidenciais de 2022, onde Luiz Inácio Lula da Silva venceu Jair Bolsonaro em uma disputa acirrada.