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STF e PF avaliam prisão preventiva de Jair Bolsonaro ou uso de tornozeleira eletrônica


Fontes ligadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Polícia Federal revelaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode enfrentar prisão preventiva. Após refugiar-se na embaixada da Hungria por dois dias em fevereiro, Bolsonaro é visto por uma ala de ministros e investigadores como alguém que ‘tentou evadir-se das autoridades brasileiras, numa tentativa de fugir do país’ em meio às investigações sobre um suposto golpe de Estado.

A ideia de uma prisão preventiva é considerada uma medida extrema, até mesmo entre os membros do STF. Essa hesitação destaca a delicadeza do caso, que envolve não apenas questões legais, mas também implicações políticas significativas diante a enorme força popular de Bolsonaro.

Em defesa, os advogados de Bolsonaro argumentam que sua ida à embaixada, a convite, tinha como objetivo discutir cenários políticos bilaterais, negando qualquer tentativa de fuga. No entanto, a expectativa é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se posicione sobre o caso em breve, após receber uma representação do deputado Lindberg Farias, que solicita a prisão do ex-presidente.

Enquanto isso, a PF prossegue com o inquérito para esclarecer as razões da estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria, especialmente após a “Operação Tempus Veritatis”, que apura um esquema para um golpe de Estado. A operação já resultou na apreensão do passaporte de Bolsonaro, uma medida preventiva para evitar uma possível fuga.

Bolsonaro poderá enfrentar medidas cautelares antes de qualquer prisão, incluindo a possível obrigatoriedade de usar tornozeleira eletrônica enquanto as investigações do STF prosseguem. A decisão de prisão, contudo, só viria após um julgamento pelo Supremo, marcando um momento decisivo na política brasileira e na trajetória do ex-presidente. Mas a decisão está nas mãos de Alexandre de Moraes.




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