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Janja atende telefone para Lula e tem função de “filtrar” reuniões no Palácio e no Alvorada, diz jornal


A primeira-dama, Janja Lula da Silva, tem sido aprontada como a conselheira-chefe no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua posição única como crítica e alertadora das direções governamentais é reconhecida até mesmo pelo presidente, que compôs seu gabinete com figuras distantes de sua longa jornada política, limitando assim a liberdade de “palpites” diretos ao líder. A informação é do site Poder360.

Janja se tornou a porta de entrada para dialogar com Lula fora do horário comercial, uma vez que o presidente afirma não possuir um celular, confiando na esposa para intermediar suas comunicações. Esta aparentemente simples tarefa ressalta o significativo papel de Janja no âmbito do Palácio do Alvorada.

Durante a 4ª Conferência Nacional de Cultura, Lula compartilhou: “Estou feliz, principalmente, pela perspectiva crítica da Janja. Ela não hesita em me apontar os pontos negativos, algo que, muitas vezes, nem os amigos mais próximos têm coragem de fazer”.

Em comparação com seus primeiros mandatos, quando esteve cercado por aliados históricos do PT, o atual cenário revela uma mudança significativa. Lula optou por “renovar o time”, resultando em um gabinete cujos membros carecem da liberdade para contestar suas decisões abertamente. Atualmente, apenas Luiz Marinho e Celso Amorim, além do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, desfrutam de tal proximidade com o presidente.

No entanto, é Janja quem se destaca como a principal voz crítica, desempenhando um papel cada vez mais relevante como conselheira. Suas participações ativas nas decisões e reuniões do governo, além de sua constante presença ao lado do presidente em viagens, sublinham sua influência.

Embora algumas de suas posições tenham enfrentado resistência, como na demissão de figuras chave para acomodar o Centrão, Janja mantém sua postura. Ela argumenta não interferir na administração, apenas compartilhando suas visões com Lula. Durante um encontro com mulheres quilombolas, ela defendeu a importância da presença feminina em esferas de poder, reiterando sua abordagem de apenas “falar”, em vez de “interferir”.




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