Valdemar Costa Neto e Anderson Torres não ficaram em silêncio durante depoimentos à PF
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, rompeu expectativas ao decidir não ficar em silêncio em seu depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira. Em vez disso, adotou uma postura colaborativa, respondendo a todas as perguntas feitas durante a oitiva, conforme indicado pela PF. Este gesto contrasta fortemente com a abordagem de silêncio escolhida por figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros de seu governo, colocando Costa Neto sob análise da Operação Tempus Veritatis.
A operação, que investiga supostas tentativas de golpe de Estado por Bolsonaro e aliados da ala militar, viu muitos de seus investigados optarem pelo silêncio, incluindo Augusto Heleno e Mário Fernandes. A PF organizou os depoimentos simultaneamente para evitar a sincronização de versões entre os envolvidos.
Marcelo Bessa, advogado de Costa Neto, confirmou a cooperação de seu cliente com as autoridades, embora tenha escolhido não comentar sobre as investigações. Da mesma forma, a defesa de Anderson Torres, representada por Eumar Novacki, enfatizou a vontade de Torres em colaborar e esclarecer dúvidas, reafirmando sua disposição em contribuir com o processo investigativo.
A defesa de Bolsonaro chegou a solicitar ao STF a dispensa do ex-presidente do depoimento, por falta de acesso a parte do material apreendido. Contudo, tais pedidos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes, mantendo a pressão sobre as figuras centrais da investigação da Operação Tempus Veritatis.