Política

Governo Lula prioriza aliados na distribuição de verbas da saúde, segundo Folha de S. Paulo


Em 2023 o Governo Lula (PT) direcionou significativamente verbas do Ministério da Saúde, liderado por Nísia Trindade, para prefeituras e governos estaduais aliados. Segundo publicação da Folha de S. Paulo, essa distribuição de recursos incluiu grandes repasses para cidades e estados geridos por figuras políticas próximas ao governo Lula, como evidenciado pelo aporte de R$360 milhões para o Rio de Janeiro, sob a gestão de Eduardo Paes (PSD), e outros montantes para Maranhão, Rio Grande do Norte e Pará.

No total, mais de 1,37 bilhão de reais em verbas adicionais foram distribuídos a mais de 60 secretarias em 2023, alocados para fortalecer a capacidade de hospitais e ambulatórios em atividades de média e alta complexidade. A ministra da Saúde, Trindade, viu sua pasta repassar mais de R$ 70 bilhões no último ano, incluindo fundos provenientes de emendas parlamentares e outros acordos com o Congresso.

Contudo, a distribuição desses recursos levantou questionamentos, especialmente no caso de Cabo Frio (RJ), onde o filho da ministra Trindade, Márcio Lima Sampaio, assumiu um cargo municipal em 2024. Cabo Frio recebeu R$55,4 milhões adicionais, uma quantia superior ao destinado ao estado de São Paulo. O Ministério da Saúde nega quaisquer ligações entre este reforço financeiro e a nomeação do filho da ministra.

Diante desta situação, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e outros líderes políticos, demandaram esclarecimentos da ministra Trindade sobre os critérios de liberação desses recursos. As lideranças parlamentares buscam entender a metodologia por trás da alocação de verbas para a saúde em diferentes níveis de atenção.

O governo, por sua vez, defende a integridade de suas ações. O Ministério da Saúde assegura que os repasses extras são baseados em critérios técnicos, destinados a atender a deficiências no financiamento dos serviços de saúde. A Secretaria de Relações Institucionais, sob a liderança de Alexandre Padilha, reforça que não participa da indicação de beneficiários para os repasses, enfatizando a neutralidade no processo de distribuição de recursos.




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