A Gol Linhas Aéreas acumula uma grande dívida com o governo federal, alcançando a marca de US$ 174 milhões (aproximadamente R$ 860 milhões), relacionada a tributos e contribuições sobre a remuneração de seus funcionários. Este valor, que engloba o Imposto de Renda, FGTS e contribuições previdenciárias, é parte central do processo de recuperação judicial da empresa, atualmente em tramitação na Justiça dos Estados Unidos.
Segundo documentos judiciais, a Gol reconhece sua obrigação legal de reter e repassar determinadas quantias descontadas dos salários de seus colaboradores às autoridades fiscais competentes. Contudo, esses valores não foram devidamente entregues aos cofres públicos.
Diante de um endividamento que gira em torno de R$ 20 bilhões, a Gol buscou amparo legal nos Estados Unidos, submetendo um pedido de recuperação judicial na última quinta-feira. O Tribunal de Falências de Nova York prontamente aceitou a ação no dia seguinte.
Como parte do plano de reestruturação, a companhia aérea vislumbra um financiamento de US$ 950 milhões (cerca de R$ 4,7 bilhões) para equacionar seus débitos. A Gol expressou, em comunicado, que o procedimento judicial será uma oportunidade para reorganizar suas obrigações financeiras de curto prazo e reforçar sua estrutura de capital, visando a sustentabilidade futura.
A empresa garante a continuidade de suas operações durante o período de reestruturação, assegurando a normalidade dos voos de passageiros e de carga, do programa de fidelidade Smiles e demais atividades comerciais.