Vetos de Lula no Orçamento de 2024 afetam Centrão e poupam PT
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Orçamento de 2024 na segunda-feira, 22, com vetos importantes às emendas parlamentares, impactando principalmente os ministérios liderados pelo Centrão. Conforme análise da Folha de S.Paulo, os ministérios das Comunicações, do Turismo, do Esporte e da Integração e Desenvolvimento Regional, comandados pelo União Brasil e PP, sofreram os maiores cortes. Estes ministros foram nomeados por influência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Por outro lado, ministérios sob a gestão do PT ou de aliados próximos, como Saúde, Mulheres, Igualdade Racial, Povos Indígenas e Meio Ambiente, escaparam de cortes significativos ou não foram afetados. A redução mais drástica ocorreu no Ministério do Esporte, liderado por André Fufuca (PP), com quase metade do orçamento de emendas de comissão cortado, enquanto as Comunicações, sob Juscelino Filho (União), e o Turismo, gerido por Celso Sabino (União), também enfrentaram reduções expressivas.
O corte também afetou o Ministério das Cidades, comandado por Jader Filho (MDB), e o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família e liderado pelo petista Wellington Dias, ambos com reduções consideráveis.
Contudo, o Ministério do Planejamento não esclareceu os critérios para a seleção dos vetos. Diante desta situação, lideranças partidárias no Congresso já discutem a possibilidade de derrubar o veto de Lula, que resultou em um corte de R$ 5,6 bilhões em emendas. Após as reações no Congresso, o presidente Lula prometeu restaurar as emendas, mas sem definir uma data ou detalhar a implementação dessa medida.