Javier Milei enfrenta paralisação geral na Argentina
A Argentina iniciou uma paralisação geral nesta quarta-feira, convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central sindical do país, sob o lema “O país não está à venda”. A greve, que começou ao meio-dia, horário local, é esperada para durar cerca de 12 horas.
A Confederação de Trabalhadores Argentinos (CTA), a segunda maior central sindical do país, também aderiu à greve, junto com outros setores do peronismo. O setor de transporte aéreo se juntou ao movimento, provocando cancelamentos de voos, inclusive 33 voos das empresas Gol e Latam. Bancos também não funcionarão durante o período da paralisação.
Conforme relatado pelo portal G1, ônibus, trens e metrô funcionarão até as 19h, e em seguida, cessarão as atividades até a meia-noite, para facilitar o deslocamento para as manifestações. Caminhoneiros confirmaram participação na greve.
O principal alvo dos manifestantes são as recentes medidas do presidente Javier Milei, incluindo o “decretaço”, uma medida provisória que introduz mudanças significativas na economia e nas leis trabalhistas. Além disso, o protesto visa se opor à chamada “lei ônibus”, que propõe conceder “superpoderes” ao presidente e privatizar empresas estatais, ambas aguardando aprovação do Congresso.
Uma das manifestações está planejada para ocorrer em frente ao Congresso Nacional, com o objetivo de pressionar deputados e senadores a rejeitarem as propostas. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, declarou que retomará seu “protocolo antipiquetes” contra bloqueios de vias, permitindo apenas manifestações nas calçadas.