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Clientes acusam Suzane von Richthofen de fraude


Desde sua liberdade em janeiro de 2023, Suzane von Richthofen tem atuado como microempresária em seu ateliê de costura, a Su Entrelinhas. Ela afirmava ser a responsável pela customização de sandálias e confecção de bolsas, capas para computadores, entre outros itens vendidos no estabelecimento, que inicialmente recebia elogios. No entanto, a realidade do negócio não era exatamente como prometido.

O blog “True Crime”, de Ullisses Campbell, do jornal O Globo, revelou, através de informações e entrevistas de clientes, que von Richthofen parou de confeccionar os artigos desde que engravidou. Uma equipe de três costureiras, lideradas pela ex-cunhada e assistente pessoal Josiely Olberg, assumiu a produção.

Suzane, que ganhou mais de 55 mil seguidores em menos de um ano nas redes sociais, publicava vídeos do processo de fabricação, dando a entender que era ela quem produzia os itens. Ela também postava fotos em uma agência dos Correios em Angatuba, supostamente para provar que estava trabalhando.

A verdade veio à tona quando a gerente financeira Pamela Siqueira, de 34 anos, de São Paulo, comprou um par de sandálias Havaianas customizadas da loja de Suzane. Apesar da descrição no e-commerce de que os produtos eram “produzidos à mão, com muito amor e carinho”, Pamela descobriu que os itens vinham de um endereço diferente do local de residência de Suzane, levantando suspeitas.

Além disso, a loja funciona em um endereço que abriga um escritório de advocacia, onde uma das advogadas, Jaqueline Domingues, cuida do processo de execução penal de Suzane e de causas cíveis relacionadas a ela.

Pamela, ao perceber que Suzane não fabricava os produtos, expressou sua indignação nas redes sociais, mas depois apagou a publicação por medo, explicando: “Me senti ludibriada duas vezes. […] Mas resolvi apagar a queixa, porque tenho medo da Suzane. Até porque ela tem o meu endereço, né?”, relatou ao O Globo.

A situação também causou frustração a Diogo Castro, enfermeiro e apoiador da ressocialização de criminosos, que comprou na loja e inicialmente elogiou os produtos. Após descobrir que Suzane não interagia diretamente com os clientes a menos que fizessem mais compras, Diogo mudou sua opinião, gravando um vídeo criticando o empreendimento e a gerência, resumindo: “A Su Entrelinhas é uma loja feita para arrancar dinheiro e enganar as pessoas”.




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