“Vamos pra greve, Governo Lula nos traiu”, servidores públicos aumentam pressão
Servidores públicos federais estão intensificando a pressão sobre o governo Lula para obter reajustes salariais. Representantes de várias entidades sindicais, incluindo a CUT e fóruns como Fonacate e Fonasefe, têm uma reunião agendada para esta sexta-feira (12), com o objetivo de discutir estratégias e orientações para futuras assembleias.
A insatisfação do funcionalismo público se deve à proposta do governo, formalizada em 21 de dezembro, que não atendeu às principais demandas da categoria. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), “a resposta não contemplou as reivindicações mais urgentes do funcionalismo, a maioria com congelamento salarial de quase uma década e perdas que superam 30%.”
Sérgio Ronaldo, secretário-geral da Condsef, expressou descontentamento com a postura do governo, enfatizando a urgência de uma recomposição salarial: “Nós temos urgência. Queremos que nossa remuneração seja atendida agora, para já, em 2024.” Em resposta, o Fonacate apresentou uma contraproposta ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, sugerindo um reajuste salarial em três parcelas nos próximos anos.
A proposta do governo, por outro lado, focou na ampliação de benefícios a partir de 2024, sem previsão de aumento salarial. Foram propostos reajustes nos vales alimentação, subsídio de saúde suplementar e auxílio-creche, mas sem aumento direto nos salários.
As entidades sindicais, representando a maioria dos servidores do Executivo Federal, realizarão assembleias até o dia 20 para decidir sobre a resposta ao governo. A expectativa é de que haja uma posição firme em relação à demanda por reajustes salariais imediatos.