Paralisação de campo de petróleo na Amazônia Equatoriana é encerrada pelo Governo do Equador
O Ministério de Energia do Equador anunciou a retomada das operações de perfuração de petróleo no Campo de Ishpingo, situado na reserva amazônica de Yasuní, após um período de bloqueio devido a protestos indígenas. A operação, que deve levar três dias para ser totalmente reiniciada, faz parte do Bloco 43-ITT, que inclui também os campos de Tiputini e Tambococha, todos localizados dentro da reserva natural de Yasuni.
Este avanço foi possível graças a mesa de negociações liderada pela ministra de Energia, Andrea Arrobo. O diálogo envolveu o governo, autoridades locais e líderes comunitários, resultando em um acordo para encerrar a paralisação. O bloqueio havia sido iniciado pela comunidade Kawymeno, pertencente à etnia waorani, em 25 de dezembro, provocando uma redução significativa na produção de petróleo — cerca de 17.000 barris por dia, segundo a Petroecuador.
A retomada das atividades no campo de Ishpingo ocorre após os equatorianos decidirem, em um referendo realizado em agosto, pela suspensão das atividades petrolíferas neste bloco. Consequentemente, o governo equatoriano deve iniciar a desmobilização de sua infraestrutura na área, em linha com a decisão popular. A situação reflete os desafios enfrentados pelo Equador em equilibrar as necessidades econômicas com a preservação ambiental e o respeito aos direitos das comunidades indígenas.