Prefeito de Maricá confronta Tribunal de Contas e mantem contrato superfaturado do lixo
O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, do Partido dos Trabalhadores, confrontou o pleno do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro para manter o contrato do lixo da cidade com a empresa comandada por Fernando Trabach.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, as empresas ligadas a Trabach já embolsaram cerca de R$ 500 milhões em contratos com objetivo de pagar propina para agentes públicos do município ligados ao PT estadual.
O escândalo jurídico foi descoberto pelo núcleo de jornalismo do Hora Brasília que teve acesso a documentos do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro que revelam que o contrato 584/2018 tem vícios insanáveis de sobrepreço e causou um prejuízo de cerca de R$ 10 milhões com dispensa de licitação que resultou na contratação na empresa Kattak Serviços Ltda, sob o CNPJ 02.780.143/0001-99.
A empresa de Fernando Traback é responsável pela distribuição da propina a agentes públicos ligados ao deputado federal Quaquá, que pretende ser o candidato do PT na cidade. Quaquá ficou conhecido recentemente por agredir um colega com um tapa na Câmara Federal na recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi denunciado no Conselho de Ética.
Nos bastidores do PT do Rio de Janeiro, o secretário de governo de Maricá, João Maurício, tem potencializado o caso para tentar tirar Quaquá do páreo da disputa para que ele se postule a disputa do cargo, não pelo salário de prefeito da cidade, mas pelo esquema do lixo, que enriqueceu membros do PT em Maricá e consegue por distribuição de propina manter uma empresa condenada pelo pleno do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro a manter um contrato milionário sem licitação. O propinoduto de Maricá operado com o dinheiro do lixo é tão grande, que o atual prefeito tem certeza da impunidade ao ponto de manter a empresa condenada trabalhando na cidade com nova dispensa de licitação realizada em novembro deste ano.
Procurada pela reportagem, a prefeitura de Maricá não respondeu aos questionamentos, afirmando somente que estava apurando. A reportagem do Hora Brasília ligou para a Secretaria de Comunicação da prefeitura para questionar sobre as dispensas de licitação de empresa condenada pelo TC-RJ, mas não obteve retorno.