A indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF) está gerando apreensões entre os petistas, conforme observado durante a festa do Prerrogativas em São Paulo. Advogados ligados ao PT, preocupados com a possível rejeição de Dino, estão em contato com congressistas e já identificaram cerca de 20 votos contrários à sua indicação, temendo um aumento neste número.
Esses advogados, alguns dos quais representam clientes com processos no STF, estão propondo uma nova estratégia: evitar a votação da indicação no plenário do Senado no mesmo dia da sabatina e da votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcadas para o dia 13. O plano é avaliar o clima após estas etapas e permitir que Dino tenha mais tempo para se reunir individualmente com os senadores. A ideia é que Dino possa comprometer-se, olho no olho, a não perseguir a oposição.
Entretanto, há um sentimento crescente entre esses advogados progressistas de que a oposição vê Dino não como um garantista, mas sim como um punitivista, potencialmente tendencioso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
Diante deste cenário, aliados ao governo decidiram atuar como “cabos eleitorais”, intensificando a campanha a favor de Dino.
