Patriotas foram as ruas contra indicação de Flavio Dino ao STF e impeachment de Moraes
Em Brasília, neste domingo (10), manifestantes realizaram um protesto contra a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ato, que também ocorreu em outros estados, incluindo São Paulo na Avenida Paulista, foi marcado por críticas à possível nomeação de Dino.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) teve um papel ativo no protesto, citando os nomes dos senadores que apoiaram a indicação de Dino ao STF, como Renan Calheiros (MDB-AL). Cada menção a um senador favorável a Dino era recebida com vaias pelo público, enquanto aqueles que se opuseram ao ministro recebiam aplausos. Ferreira também criticou Dino, chamando-o de “covarde” por sua ausência em audiências na Câmara dos Deputados.
Os participantes também pediram o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes. Palavras de ordem como “Fora, Lula” e “Lula, ladrão” também ecoaram, com os manifestantes pedindo a saída do presidente Lula. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) chegou a afirmar que o ato seria o início do processo de impeachment de Lula.
Outro tema levantado foi a soltura dos presos do 8 de janeiro. Ferreira destacou a libertação de membros do Comando Vermelho, contrastando com a situação de outros detidos. Entre os presentes estava Edjane Cunha, viúva de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, que faleceu na Papuda em 20 de novembro. Jane discursou sobre a perda do marido, afirmando que “o sistema me deixou viúva e minhas filhas, órfãs”, ressaltando que Clezão não era criminoso nem terrorista. Cleriston era réu primário e não tinha antecedentes criminais, mesmo com pedidos de soltura da Procuradoria-Geral da República (PGR). O protesto reflete as crescentes tensões políticas no Brasil e a polarização em torno de figuras e instituições chave.