Traficante recebeu R$ 200 milhões para plano de resgate de Marcola e é transferido para Brasília
O traficante Gilberto Aparecido dos Santos, mais conhecido como Fuminho, foi transferido da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) para a Penitenciária Federal de Brasília na última semana. Fuminho está sob custódia do Sistema Penitenciário Federal desde 2020.
Investigações apontam que Fuminho recebeu R$ 200 milhões de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), para auxiliá-lo em uma tentativa de fuga da prisão de Brasília. Recentemente, outros membros da “velha guarda” do PCC também foram transferidos para Brasília, incluindo Cláudio Barbará da Silva e Reginaldo do Nascimento.
Fuminho foi preso em 2020 em um hotel de luxo em Moçambique, após uma investigação com colaboração dos Estados Unidos e Moçambique. Ele estava foragido desde 1999, após fugir da Casa de Detenção de São Paulo. Além de coordenar operações de tráfico internacional, ele também estava encarregado de planejar o resgate de Marcola, amigo de infância e líder do PCC.
Segundo a Polícia Federal, Fuminho é o “maior fornecedor de cocaína a uma facção com atuação em todo o Brasil”. A prisão enfraqueceu um plano de resgate de Marcola em Brasília, que envolvia blindados, helicópteros e armamento pesado.
Fuminho, durante sua estadia na África, usou documentos falsificados e viveu em Johanesburgo, África do Sul. Ele foi preso enquanto retornava de uma consulta médica, tratando uma enfermidade conhecida como erisipela.
Na ocasião da prisão, a polícia de Moçambique descreveu Fuminho como um “Barão da Droga” e apreendeu passaportes falsificados, drogas e itens de valor com ele. Seus parceiros comerciais tinham a função de organizar suas viagens e o transporte de cocaína para a Europa.
A transferência de Fuminho para Brasília ocorre em um contexto de preocupação com a segurança e a integridade do sistema penitenciário, especialmente considerando os planos anteriores de resgate de lideranças do PCC.