Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), está proibido de estudar para a segunda fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), segundo sua defesa. Vasques, que foi preso pela Polícia Federal (PF) em agosto em Florianópolis, sob a suspeita de usar a PRF para supostamente interferir nas eleições de 2022, está atualmente no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Seu advogado, Eduardo Pedro Nostrani Simão, acusou a administração penitenciária de reter indevidamente o material de estudo de Vasques. “A administração penitenciária reteve seu material de estudo sem nenhuma justificativa”, declarou Nostrani Simão. Além disso, o advogado afirmou que Vasques também está enfrentando problemas para receber roupas, sendo obrigado a usar vestes de outros detentos.
Vasques tinha recebido autorização do ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a suspeita de interferência nas eleições de 2022, para realizar o exame da OAB. Ele participou da primeira fase da prova em 19 de novembro, saindo da penitenciária sob esquema de segurança para uma universidade em Brasília, onde realizou o exame em uma sala isolada.
Preso desde 9 de agosto, Vasques é acusado de utilizar a PRF para dificultar o acesso de eleitores do Nordeste aos locais de votação no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Ele nega as acusações, que incluem prevaricação, violência política e obstrução ou interferência no processo eleitoral.
