Dois líderes da “velha guarda” do PCC são transferidos para Brasília
Dois líderes da chamada “velha guarda” do Primeiro Comando da Capital (PCC), considerados alguns dos mais perigosos mentores da maior organização criminosa do Brasil, estão agora detidos na Penitenciária Federal de Brasília (PFBRa), o presídio mais seguro do país. Cláudio Barbará da Silva, 62 anos, e Reginaldo do Nascimento, conhecido como Jatobá, 52 anos, deixaram Mossoró (RN) e chegaram à capital brasileira esta semana.
Eles se juntam a outros membros importantes do PCC, como Marco Willians Hermas Camacho (Marcola), Roberto Soriano (Tiriça) e Abel Pacheco de Andrade (Vida Loka) na mesma unidade prisional. Barbará se destacou no cenário criminal em 2001, quando participou de uma fuga em massa da Casa de Detenção de São Paulo, juntamente com mais de 100 detentos, incluindo membros do PCC.
Até sua prisão, Barbará era apontado como um dos principais mentores do PCC, com a função de captar fundos para a facção. Ele foi preso em 2001 no Rio de Janeiro, mas fugiu após menos de seis meses. Barbará esteve envolvido em uma série de crimes, incluindo o roubo de joias da Caixa Econômica Federal de Ribeirão Preto. Em 2013, ele discutiu a compra e blindagem de uma aeronave para a facção, além de montar um campo de treinamento no Paraguai para treinar pilotos.
Jatobá, por outro lado, foi flagrado em um bilhete planejando um curso de explosivos para membros do PCC, com o objetivo de prepará-los para futuros atentados contra prédios públicos.
A segurança nacional está em alerta após informações de um “salve” do PCC, ordenando a coleta de informações sobre servidores penitenciários estaduais, e possíveis ataques à segurança pública em datas específicas.
As autoridades estão monitorando de perto a situação, especialmente nos presídios de Campo Grande (MS) e Brasília, com policiais penais federais em alerta máximo. No sistema penitenciário do DF, houve relatos de bilhetes sobre a coleta de dados envolvendo policiais penais de Brasília.