Mercado Financeiro está mais apreensivo diante da política econômica do Governo Lula
A Selic segue no centro das atenções, com diferentes visões sobre seu futuro. Alguns analistas projetam uma taxa terminal mais alta, próxima dos 10,70%, com o ciclo de cortes encerrando no primeiro semestre de 2024. Outros acreditam que o Banco Central pode continuar reduzindo os juros no segundo semestre do próximo ano, dependendo dos dados econômicos, inflação e condições nos Estados Unidos.
Há projeções variadas quanto à quantidade e magnitude dos próximos cortes. Alguns esperam três cortes de 50 pontos-base (0,50%) em dezembro, janeiro e março, seguidos por um de 25 pontos-base (0,25%), encerrando o ciclo em 10,50%. Outros apostam em quatro cortes de 50 pontos-base e um de 25 pontos-base, terminando em 10%. Alguns ainda projetam uma Selic de 9,75% até o final de 2024.
A mudança de tom do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em relação à meta de déficit zero para 2024 gerou grande preocupação no mercado. Alguns economistas agora veem uma Selic terminal de 10%, dada essa discussão.
A visão conservadora prevê que o Banco Central ainda realizará quatro cortes de 50 pontos-base, encerrando o ciclo de corte de juros em 10,25% ao ano. Apesar das incertezas políticas, os indicadores de inflação sinalizam espaço para a continuidade da política de afrouxamento do BC.
O ambiente favorável para redução dos juros já existe há alguns meses, com sinais de desaceleração da atividade econômica e melhora nos indicadores de inflação. A volatilidade recente do mercado não deve alterar a postura do Banco Central, pelo menos até o final deste ano.
As projeções de diversos analistas variam, com algumas casas prevendo cortes até junho de 2024, enquanto outras acreditam que a Selic pode encerrar em torno de 9,5%. O BTG Pactual trabalha com uma projeção de 11,75% para 2023 e 9,50% para 2024, um ponto intermediário em relação às previsões anteriores de uma Selic terminal de 8%.