Após as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as perspectivas para as contas públicas de 2024, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais para esclarecer que o presidente não desautorizou seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao mencionar que a meta fiscal de déficit zero dificilmente será alcançada.
Lula havia afirmado, durante um encontro com jornalistas, que o governo “dificilmente” cumprirá a meta de zerar o déficit fiscal no próximo ano, uma meta prevista tanto no Marco Fiscal, a nova regra de controle dos gastos públicos, quanto na peça orçamentária enviada ao Congresso para o ano que vem.
Gleisi explicou em sua postagem: “O presidente @LulaOficial protegeu o ministro Fernando Haddad ao trazer para si a responsabilidade da política fiscal e reconhecer que o resultado primário zero será impossível para o ano que vem. Ao contrário do que falam alguns da mídia de que foi uma desautorização.” A deputada federal complementou que, infelizmente, nem tudo depende apenas do ministro e da equipe econômica, e Lula simplesmente admitiu que a realidade não permitirá o resultado almejado, o que exigirá uma reavaliação da meta.
Ela concluiu destacando a importância de estabelecer metas realistas, o que torna as negociações políticas menos complicadas, e enfatizou que, apesar das oscilações no mercado, a vida continua com a perspectiva de melhorias para todos.
As reações negativas nos ativos brasileiros às declarações do presidente contrastaram com as posições defendidas pela equipe econômica. Na sexta-feira, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira (B3), fechou com uma queda de 1,29%, após ter iniciado o dia em alta. O dólar também sofreu influência das palavras de Lula, encerrando o dia em alta de 0,46%. Apesar disso, o mês e o ano ainda registraram quedas na moeda americana.
