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Operação contra Espionagem na Abin Desvenda Esquema de Invasão de Computadores


As investigações desencadeadas na operação para apurar a conduta de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) quanto ao suposto rastreamento de celulares revelaram um novo e surpreendente esquema clandestino de espionagem.

No material recolhido e atualmente sob análise, os investigadores descobriram a presença de outros dispositivos invasivos, que estavam sendo empregados para a invasão em larga escala de computadores, segundo informações do G1. A ferramenta de invasão, que utiliza um malware (software que causa danos), é capaz de acessar todo o conteúdo dos computadores das vítimas.

Essa intrusão clandestina pode ocorrer de diversas formas, como através de e-mails, mensagens de texto, WhatsApp Web e até por meio de acesso físico ao computador, como o uso de um pen drive, o qual se torna alvo de espionagem. A vítima, por sua vez, não tem conhecimento da invasão, permitindo que os espiões tenham acesso imediato a todo o conteúdo do computador.

Os investigadores estão aprofundando a análise dessas descobertas para determinar com precisão quantos computadores foram infectados e espionados, bem como identificar quem foram os alvos dessa operação clandestina.

Por enquanto, as informações a respeito desse novo esquema permanecem sob sigilo, a fim de não prejudicar as apurações em curso sobre essas atividades ilegais de espionagem perpetradas por servidores e ex-servidores da Abin.

Na semana passada, uma operação da Polícia Federal revelou um suposto esquema criminoso de rastreamento de celulares realizado pela Abin. Mais de 33 mil acessos foram registrados em relação à localização de dispositivos pertencentes a ministros do Supremo Tribunal Federal, auxiliares, funcionários da corte, servidores públicos, jornalistas, políticos e policiais, entre outros.

A operação resultou no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão, além de dois de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. A Agência Brasileira de Inteligência alegou colaborar com a Polícia Federal e argumentou que a operação se tratava de uma retaliação.

A empresa fornecedora do sistema de rastreamento de geolocalização de dispositivos móveis foi alvo de busca e apreensão. No entanto, segundo fontes, a nova descoberta, envolvendo esquemas de invasão de computadores, não tem relação com a mesma empresa que fornece o rastreamento de geolocalização de telefones. Isso levará a Polícia Federal a investigar também a origem dos recursos utilizados para realizar as invasões nos computadores.




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