Cláudio Castro cobra de Pacheco revisão do Código Penal para combater tráf1c0 e milícias
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, realizou uma reunião nesta quarta-feira (25), com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para apresentar uma série de medidas visando endurecer o Código Penal, com o objetivo de estabelecer penas mais rigorosas para organizações criminosas.
Castro propôs cinco medidas destinadas a combater organizações criminosas que operam no estado. Entre elas, destaca-se o fim da progressão de pena para criminosos que possuem armas de guerra. Além disso, as outras quatro propostas incluem:
- O fim da progressão de pena para criminosos envolvidos em lavagem de dinheiro.
- O fim da progressão de pena para criminosos que atuam em serviços comissionados.
- A criação de uma tarifa social para serviços de energia elétrica, televisão a cabo e internet.
- A criação de um gabinete estadual de combate à lavagem de dinheiro.
“O endurecimento das penas é fundamental para gerar um senso de inibição e dissuasão para que esses criminosos cometam crimes”, enfatizou Castro.
Ele também destacou que a questão da segurança pública deixou de ser um problema apenas regional e se tornou uma preocupação nacional. As mesmas propostas serão encaminhadas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
“Não se trata de uma pauta exclusiva do Rio de Janeiro, mas sim uma pauta que envolve todo o Brasil”, afirmou o governador. “Apenas neste ano, testemunhamos crises em estados como São Paulo, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, todos enfrentando situações de grande semelhança.”
Cabe destacar que essas medidas vêm em resposta a eventos recentes, incluindo o incêndio de pelo menos 35 ônibus na zona oeste do Rio de Janeiro, após a morte de um miliciano durante um confronto com a Polícia Civil. O miliciano em questão, Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão, era considerado o segundo no comando da milícia da região do bairro Santa Cruz.
Relatórios indicam que o ato de vandalismo contra ônibus foi orquestrado por Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, apontado como o líder da milícia na região. Segundo o Rio Ônibus, este evento marcou o maior número de ônibus incendiados em um único dia na história da cidade, afetando veículos de operação municipal, BRT e outros de turismo e fretamento. Além disso, pneus também foram incendiados.
Como resultado desses eventos, pelo menos dez bairros do Rio de Janeiro tiveram suas vias bloqueadas devido aos ataques, incluindo Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra e Campinho.